Estação de metrô em SP vai servir de abrigo noturno por causa do frio
Com a chegada de uma frente fria e a queda das temperaturas em São Paulo, a estação de metrô Pedro II, no centro da capital paulista, virou abrigo noturno para acolher pessoas em situação de rua.
São 400 vagas para pernoite no local, entre às 20h e às 8h. O espaço é exclusivo para homens. A medida vale enquanto a frente fria permanecer.
A previsão é de que em algumas regiões da capital os termômetros possam registrar temperaturas negativas nos próximos dias.
Com a frente fria que promete ser histórica, a prefeitura de São Paulo também instalou tendas com serviço médico para atender pessoas em hipotermia e veículos para levar quem tiver interesse para abrigos. Também vão ser oferecidos sopas e agasalhos, em parceria com a Cruz Vermelha.
Questionado se a prefeitura vai suspender as operações que recolhem pertences de quem está passando a noite na rua, o prefeito Ricardo Nunes garantiu que a política vai ser convencer as pessoas a irem para os abrigos, mas ninguém vai ser forçado a sair do local.
Segundo o Padre Julio Lancelotti, uma das principais referências na atenção a pessoas em situação de rua, nem todos se adequam às regras dos abrigos públicos. Uma situação que ficou mais crítica com a crise econômica, o que tem mudado o perfil de quem está indo morar na rua. Por isso, Lancelotti tem ensinado como todos podem ajudar quem está com frio. Segundo ele, cada cidadão da cidade pode levar uma peça de roupa ou alguma comida para entregar para as pessoas em situação de rua que encontrem nos espaços públicos.
A paróquia São Miguel Arcanjo, onde atua Padre Júlio, também vai ficar aberta para abrigar quem está precisando de um lugar para fugir do frio.
