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Café da manhã. Ovos mexidos ou o nosso café colonial?

“Eu sou da América do Sul. Sou do mundo, sou Minas Gerais ”. Milton Nascimento.

Hoje, é comum  encontrarmos ovos mexidos nos cafés das manhãs de hotéis, pousadas e colônias de férias no Brasil. Mas onde e qual a origem dos ovos mexidos? Os livros de história e culinária revelam que foi na Inglaterra que esse prato surgiu.

No  século XIX, quando as  fábricas se expandiam  pela  Inglaterra. Lá, os homens que entravam para o trabalho bem cedo precisavam se alimentar bem. Por isso, a primeira refeição do dia era com mingau, pão, ovo, bacon ou peixe. Afinal, trabalhavam até mais de 15 horas por dia.  O jeito inglês foi adaptado ao longo do tempo em outros continentes e os americanos criaram as suas próprias versões de ovos mexidos, o famoso breakfest.

Por que vocês não sabem do lixo ocidental? Não precisam mais temer. Não precisam da solidão. Todo dia é dia de viver… (Para Lennon e McCartney, de Milton Nascimento).

O Breakfest, com ovos mexidos, tem:

  • 4 ovos
  • 1 colher (sopa) de manteiga
  • 100 ml de leite
  • Sal

E podemos preparar assim:

  1. Passe toda a manteiga no fundo de uma frigideira e coloque os ovos sobre a manteiga
  2. Em seguida, quebre as gemas sem mexer os ovos
  3. Só depois deste passo, leve a frigideira para o fogo com fogo baixo
  4. A clara vai cozinhar primeiro que a gema
  5. Quando a gema começar a ficar cozida, acrescente o leite e mexa vigorosamente para misturar a manteiga do fundo da frigideira e o leite

Dica: Não frite demais, pois o mexido deve ficar úmido e cremoso

Atualmente, na Inglaterra e nos Estados Unidos, os ovos mexidos recebem o acompanhamento de panquecas, muffins, waffles, ou os cereais tipo corn flakes.

Por aqui, o café da manhã é bem diferente e varia por região. A culinária no Brasil é uma mistura de Europa, Nativos e África. Muitos pratos são de origem indígena, mas adaptados por escravos e portugueses, quando algum ingrediente faltava. Nosso café da manhã tem até hoje café com leite, pão, frutas, bolos, doces, broas e outras iguarias, que mudam em cada região. Nosso café não é para quem ia para a fábrica, mas quem ia para a lavoura. Em Minas, a gente encontra cafés da manhã belíssimos.

Por que você não verá meu lado ocidental? Não precisa medo não. Não precisa da timidez. Todo dia é dia de viver. Eu sou da América do Sul … (Para Lennon e McCartney, de Milton Nascimento).

E no Brasil, como é nosso café da manhã?

Desde o tempo da colônia, nossa refeição da manhã tem tudo o que já escrevemos. E cada região acrescenta alguma coisa, de acordo com sua cultura. Sempre para dar mais força ao homem que vai trabalhar no campo.

Dependendo da região, o café muda.

No norte, tem bolo de cupuaçu e macaxeira, banana da terra frita, geleia de bacuri, mingau de farinha de mandioca e o suco de açaí.

No Centro Oeste, podemos encontrar broa, pão de queijo, bolo de arroz ou de castanha de pequi. 

No sul, por influência europeia, tem mais queijo e mel no café.

Mas em Minas tem biju, queijo fresco ou meia cura e o famoso pão de queijo.

 

Eu sei, vocês não vão saber. Mas agora sou cowboy. Sou do ouro, eu sou vocês. Sou do mundo, sou Minas Gerais… (Para Lennon e McCartney, de Milton Nascimento).

 

Por Marco Aurélio Rodrigues Freitas, jornalista e professor das redes municipal de estadual de São Paulo. Escreve todas as semanas no site PlanetaOsasco. 

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Marco Aurélio

Marco Aurélio Rodrigues Freitas, Jornalista, Biomédico, Historiador e Professor das redes municipal e estadual de São Paulo. Crônicas no Planeta Osasco.

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